Tuberculose: o que é, tratamento e formas de prevenção
21/03/2024
Saiba o que é tuberculose, como ela é transmitida, como é feito o diagnóstico e quais são as formas de prevenção à doença.
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A tuberculose é uma doença que surgiu há pelo menos 4 mil anos. Há quem acredite que é um mal praticamente superado pela ciência nos dias atuais.
Entretanto, ela é uma condição que ainda acomete milhares de pessoas em todo o mundo, sendo tratável e curável desde que o tratamento adequado seja realizado o quanto antes.
Você vai saber, neste artigo do Viver Bem, mais sobre a tuberculose, como ela é transmitida, como é feito o diagnóstico, quais são as formas de tratamento e como se prevenir.
O que é a tuberculose?
Causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, também chamada de bacilo de Koch, a tuberculose (TB) é uma doença infecciosa e transmissível que acomete principalmente os pulmões (forma pulmonar), embora possa afetar outros órgãos e/ou sistemas (forma extrapulmonar).
Como mais frequente, a forma pulmonar, se não tratada, desempenha um papel crucial na perpetuação da transmissão da doença.
A forma extrapulmonar é mais frequente em pessoas com comprometimento imunológico e pode acometer gânglios, intestino, rim, sistema nervoso central, entre outros. Embora, geralmente, apresentem quadro clínico grave, essas formas extrapulmonares não são fontes de transmissão da doença.
Como ocorre a transmissão?
A tuberculose é transmitida por via respiratória, ou seja, quando uma pessoa com tuberculose ativa (pulmonar ou laríngea) não tratada elimina aerossóis durante a tosse, fala ou espirro, os quais podem ser inalados por um indivíduo suscetível, resultando na contaminação.
A doença não é transmitida por meio do compartilhamento de objetos. Os bacilos depositados em roupas, lençóis, copos e talheres raramente se dispersam como aerossóis e, portanto, desempenham um papel insignificante na transmissão.
Com o início do tratamento, a transmissão tende a diminuir gradativamente; em geral, após 15 dias, o risco de transmissão da doença é bastante reduzido. Embora seja uma doença antiga e totalmente tratável, a tuberculose continua sendo um importante problema de saúde pública. Calcula-se que, durante um ano, uma pessoa com tuberculose pulmonar ativa, sem tratamento, possa infectar em média de 10 a 15 pessoas.
Anualmente, aproximadamente 10 milhões de pessoas são acometidas pela tuberculose em todo o mundo, especialmente em países em desenvolvimento. No Brasil, há uma alta incidência anual, sendo notificados cerca de 70 mil novos casos e 4,5 mil mortes.
Quais são os sintomas da tuberculose?
A tosse é o sintoma mais frequente da tuberculose pulmonar e pode ser seca ou produtiva (em que apresenta catarro). Em alguns casos, pode vir com sangue (hemoptoicos). Normalmente, a tosse tem duração de 3 semanas ou mais.
Outros sintomas como febre diária, principalmente vespertina (no fim da tarde), sudorese noturna e perda não intencional de peso podem estar presentes.
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E como é feito o diagnóstico?
A recomendação é de que todo indivíduo com sintomas respiratórios, que apresente quadro de tosse por três semanas ou mais, seja investigado por suspeita de tuberculose.
O diagnóstico da forma pulmonar é feito, na maior parte das vezes, pela análise laboratorial do escarro com a identificação do bacilo pela baciloscopia direta (BAAR), por teste rápido molecular ou por cultura. Já a forma extrapulmonar, geralmente, é diagnosticada por biópsia de uma amostra de tecido do local acometido.
Além da análise laboratorial, a avaliação clínica é de suma importância para o diagnóstico, e a realização da radiografia do tórax é indicada como um método complementar.
A doença tem cura?
Sim, se tratada corretamente, a tuberculose tem tratamento e cura. É um tratamento longo que deve ser iniciado o mais rápido possível após o diagnóstico e ser seguido corretamente até o final. Ele se estende por pelo menos 6 meses.
No Brasil, o tratamento da tuberculose é 100% fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e a doença deve ser notificada aos órgãos públicos de saúde.
Como prevenir?
O tratamento precoce das pessoas infectadas é a forma mais efetiva de não disseminar a doença, evitando a contaminação de pessoas suscetíveis.
A aplicação da vacina BCG (bacilo Calmette-Guérin), em recém-nascidos protege das formas mais graves da doença, como a tuberculose miliar e a tuberculose meníngea. Está disponível gratuitamente pelo SUS. O esquema vacinal consiste na aplicação de dose única, preferencialmente nas primeiras 12 horas após o nascimento, ainda na maternidade.
Outra forma de reduzir a transmissão é mantendo ambientes ventilados e com luz natural direta, visto que o bacilo é sensível à luz solar, e a circulação de ar possibilita a dispersão das partículas infectantes.
Além disso, a etiqueta da tosse e espirros, que consiste em cobrir a boca com o antebraço ou lenço ao tossir ou espirrar, é uma medida importante a ser considerada.
Para aquelas pessoas que têm convívio próximo com alguém com diagnóstico de tuberculose pulmonar, principalmente aqueles que residem na mesma casa, é indicada uma avaliação clínica visando investigar possíveis sintomas e realizar testes específicos para verificar a presença da infecção.
Em alguns casos de pacientes expostos, existe a indicação de usar tratamento preventivo para a tuberculose (tratamento de infecção latente).
Dia Mundial da Tuberculose
O Dia Mundial da Tuberculose é celebrado, anualmente, no dia 24 de março. Criada em 1982 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a data tem o objetivo de levar à população informação sobre a doença, conscientizando-a, principalmente, sobre a importância da prevenção e do diagnóstico.
Cuidado com o uso de medicamentos: e-book gratuito
Independentemente do sintoma, cabe destacar a importância de não fazer uso indiscriminado de qualquer tipo de medicamento. Seja por alterações respiratórias, como as causadas pela tuberculose, seja por qualquer outro tipo de manifestação, é fundamental procurar ajuda médica antes de ingerir qualquer medicação.
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