Doação de sangue: veja a importância e quem pode doar
19/11/2021
Atualizado em 27/05/2022
Doar sangue é um gesto de amor que pode salvar vidas. Entenda quais são os critérios exigidos, como funciona o processo e saiba se você pode se tornar um doador voluntário.
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Doar sangue é um gesto simples que pode salvar vidas. Entenda o que você precisa fazer para doar sangue e como funciona o processo de doação.
A doação de sangue é um ato que pode salvar vidas. Afinal, sangue é insubstituível e fundamental em cirurgias e em outros procedimentos para preservar a vida humana.
Apesar de ser um ato 100% voluntário e simples, muitas vezes a falta de informações sobre o tema dificulta a adesão de novos doadores. O resultado disso são bancos de sangue vazios.
E, você, já faz parte do time dos doadores de sangue? Se a resposta for não, aprenda agora como doar sangue – o que precisa ser feito e como se dá o processo. Caso já seja doador voluntário, leia para aprender ainda mais a importância da doação.
Qual a importância da doação de sangue?
A doação voluntária de sangue é o que permite o abastecimento dos bancos de sangue. Sem a ajuda de doadores, não é possível atender à demanda de cirurgias e de outros procedimentos cruciais para a vida de determinados pacientes.
Anualmente, o Brasil coleta, em média, 3,6 milhões de bolsas. Isso corresponde a 1,8% da população doando sangue, o que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), está dentro da média de doadores esperada em um país — entre 1% e 3%.
Apesar disso, em algumas épocas do ano, há uma baixa nas doações, o que gera um alerta e faz com que os estoques de sangue fiquem praticamente zerados. Por esse motivo, é importante incentivar esse hábito, cabendo ao Ministério da Saúde trabalhar incessantemente para aumentar esse índice.
5 motivos para doar sangue
Um ato seguro, rápido, voluntário e que pode salvar vidas. Com apenas 450 ml, é possível ajudar até 4 pessoas, e existem vários motivos para doar sangue. Veja os principais agora:
1. Cada doação ajuda até quatro pessoas
A doação de sangue é um ato que pode salvar a vida de até quatro pessoas. Um exemplo disso são pacientes que precisam de transfusão de sangue, seja por cirurgias, seja por traumas, seja em outras situações que exigem a reposição rápida de grandes quantidades de sangue.
2. O sangue é insubstituível
Já existem substâncias sintéticas que podem desacelerar a necessidade de transfusão de sangue, mas não há como substituí-lo de forma definitiva. Por isso, a única maneira de atender pacientes que necessitam do sangue é por meio da doação.
3. A doação de sangue não oferece riscos de contaminação
Para doar sangue, é necessário passar por uma entrevista clínica e estar de acordo com os critérios de doação definidos pelo Ministério da Saúde e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Além disso, os itens usados na coleta são esterilizados e descartáveis, e o sangue, por sua vez, passa por testes laboratoriais antes de ser utilizado para o atendimento de pacientes.
Todos esses procedimentos garantem a segurança e a prevenção de doenças, tanto para quem doa quanto para quem recebe.
4. O sangue doado é restabelecido rapidamente
O sangue doado não faz falta nenhuma para a saúde e o bem-estar de quem doa.
Homens e mulheres na fase adulta possuem cerca de 5 litros de sangue no organismo. Durante uma doação de sangue, são coletados 450 ml — 8% do volume total —, e o corpo consegue repor essa fração em até 24 horas após o ato.
5. A doação de sangue permite um dia de folga no trabalho
A falta de tempo ou a correria do trabalho não são impedimento para quem quer doar sangue.
O doador de sangue pode pedir, juntamente ao seu empregador, um dia de folga a cada 12 meses trabalhados. Para tanto, ele deverá comprovar a doação de acordo com os termos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Dia do Doador de Sangue: entenda as datas
A importância da doação de sangue é reconhecida mundialmente; afinal, trata-se da única alternativa possível para manter os bancos de sangue em dia.
Por esse motivo, existe o Dia da Doação de Sangue, celebrado em dois diferentes momentos.
Em 2005, 14 de junho foi instituído pela Organização Mundial da Saúde como o Dia Mundial do Doador de Sangue. Desde então, a data é comemorada e defende a adesão de mais voluntários com o slogan “doe sangue para que o mundo continue pulsando”.
No Brasil, nós também celebramos o Dia Nacional do Doador de Sangue em 25 de novembro. A data é uma homenagem aos brasileiros que se dedicam como voluntários para a doação. As duas datas têm como objetivo incentivar a doação e reforçar a importância de se tornar doador de sangue para salvar vidas.
Principais dúvidas sobre doação de sangue
Quem deseja se tornar um doador de sangue pode se deparar com alguns questionamentos a respeito do assunto. Entenda quais são as principais dúvidas e saiba mais sobre a doação de sangue:
Como doar sangue? O que é preciso fazer?
Antes de uma doação de sangue, é importante se alimentar, mas não ingerir alimentos gordurosos. Além disso, é necessário que você tenha dormido pelo menos seis horas nas últimas 24 horas.
É imprescindível apresentar documento de identificação com foto, emitido por órgão oficial (carteira de identidade (RG), carteira nacional de habilitação (CNH), carteira de trabalho, passaporte, registro nacional de estrangeiro (RNE), certificado de reservista ou carteira profissional emitida por classe). São aceitos documentos digitais com foto.
Quem pode ser doador voluntário?
Quem tiver a intenção de ser um doador de sangue voluntário precisa atender a alguns critérios. Para doar sangue é necessário:
- Ter idade entre 16 e 69 anos (menores de 18 anos devem ter consentimento formal do responsável legal). A primeira doação tem que ter sido feita até os 60 anos.
- Mulheres podem doar mesmo se menstruadas ou em uso de anticoncepcionais.
- Estar com peso acima de 50 kg.
- Ter um estilo de vida saudável e que não se exponha a situações de risco para contrair doenças infecciosas e infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
Quem não pode doar sangue?
Há alguns impedimentos temporários para a doação, como o período gestacional. Na fase de amamentação, a mãe deve aguardar até 12 meses após o parto se quiser doar sangue. No período pós-gravidez, deve aguardar 90 dias depois do parto normal e 180 dias depois da cesariana.
Veja outros fatores que impedem a doação de sangue temporariamente:
- Gripe, resfriado e febre: aguardar 7 dias depois do desaparecimento dos sintomas.
- Infecção pelo novo coronavírus (Covid-19): aguardar 30 dias após a completa recuperação.
- Exames ou procedimentos com utilização de endoscópio nos últimos 6 meses, como endoscopia digestiva alta, colonoscopia, dentre outros.
- Ingestão de bebida alcoólica: aguardar 12 horas após o consumo.
- Vacina contra a febre-amarela ou o sarampo: aguardar 4 semanas após a vacinação.
- Tratamento dentário-cirúrgico (como extração, tratamento de canal): aguardar 7 dias depois do procedimento e/ou da suspensão dos medicamentos.
Há também critérios definitivos para o impedimento da doação, como:
- Ter passado por um quadro de hepatite depois dos 11 anos de idade.
- Usar drogas ilícitas injetáveis.
- Ou haver evidência clínica ou laboratorial das seguintes doenças transmissíveis pelo sangue: hepatites B e C, AIDS (vírus HIV), doenças associadas aos vírus HTLV 1 e 2 e também doença de Chagas.
Com qual frequência posso doar sangue?
É preciso respeitar o intervalo correto entre as doações. Para homens, é de dois meses (máximo de quatro doações, no período de um ano); para mulheres, três meses (máximo de três doações, no período de um ano).
Se este texto motivou você a se tornar um doador voluntário, procure o banco de sangue mais próximo em sua cidade e compartilhe um pouco de amor.
Você também pode acessar a nossa Cartilha Completa sobre Doação de Sangue e compartilhar o guia com seus amigos e família. Ajude a espalhar essa cause e lembre-se: doar sangue salva vidas.
Para conferir mais conteúdos sobre qualidade de vida, acesse o tema Bem-Estar e Equilíbrio no blog Viver Bem da Unimed-BH.
