AVC: causas, diagnóstico e como prevenir o derrame cerebral
28/10/2021
Atualizado em 02/09/2022
Também conhecido como derrame cerebral, o AVC é a segunda maior causa de mortes no Brasil. Entenda as causas, os sintomas, como é feito o diagnóstico e como se prevenir.
6 min de leitura
Também conhecido como “derrame cerebral”, o AVC (Acidente Vascular Cerebral) é um problema que pode ser evitado. Para isso, é importante conhecer quais são suas causas e as formas de prevenção.
No Brasil, o Acidente Vascular Cerebral voltou a ser maior causa de mortalidade no Brasil em 2022, segundo dados do Portal de Transparência dos Cartórios de Registro Civil, além de ser o principal motivador de incapacidade em adultos, de acordo com informações divulgadas pela Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares (SBDCV).
Neste artigo, o portal Viver Bem explica um pouco mais sobre o problema, quais são seus sintomas, os porquês do AVC, o diagnóstico e a prevenção, além de ressaltar a importância do Dia Mundial do Combate ao AVC na conscientização da população.
O que é AVC?
O AVC ocorre por causa de um entupimento ou rompimento dos vasos sanguíneos que levam o sangue ao cérebro. Desta forma, essa região para de receber oxigênio e outros nutrientes necessários para o seu pleno funcionamento.
Existem dois tipos de AVC, sendo mais comum o Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI). Ele ocorre quando a circulação sanguínea no cérebro é prejudicada pela obstrução de uma artéria.
Já o Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico (AVCH) é consequência de uma hemorragia causada pelo rompimento de um vaso sanguíneo no cérebro. Há, ainda, o Ataque Isquêmico Transitório (AIT), causado por uma interrupção temporária da circulação.
Os sinais e sintomas são passageiros e não deixam sequelas. No entanto, ter um AIT significa ter um risco muito alto de desenvolver um AVC, que pode deixar sequelas graves e até mesmo matar.
Quais são as causas do AVC evitáveis e tratáveis?
Conhecer as causas do AVC é fundamental para se prevenir contra o problema. Ele pode acometer pessoas de todas as idades, sem distinção de gênero. No entanto, o problema é mais comum na população idosa e raro em crianças.
Os principais fatores de risco para o derrame cerebral estão relacionados aos hábitos de vida, o que faz com que ele seja considerado evitável na maioria dos casos.
Veja algumas causas do AVC potencialmente evitáveis ou tratáveis:
- Tabagismo;
- Sedentarismo;
- Obesidade;
- Colesterol alto;
- Alcoolismo;
- Hipertensão arterial.
Além destes problemas, diabetes e doenças cardíacas também podem aumentar a chance de ter um AVC. Pessoas que já tiveram infarto ou que têm doença dos rins (insuficiência renal crônica), por exemplo, devem investigar, pois têm um risco aumentado de derrame.
Uma vez que essas causas do AVC são potencialmente reversíveis, é importante reconhecê-las e evitá-las/tratá-las o mais precocemente possível, para que não resultem num episódio de derrame no futuro.
Websérie da Unimed-BH fala sobre colesterol alto
Como citado no último tópico, o colesterol alto é um fator de risco para o desenvolvimento do AVC. Esse tema é muito importante para a saúde e, por isso, ganhou um episódio especial na websérie Saber Pra Cuidar, da Unimed-BH.
Neste episódio, que está disponível no YouTube, o Dr. Valério Trindade, cardiologista e médico cooperado da Unimed-BH, traz todas as informações sobre o colesterol e muitas orientações para que você possa controlá-lo e cuidar da saúde. Veja agora:
Além disso, o Saber Pra Cuidar também preparou uma edição especial em que fala sobre o AVC. No sétimo episódio, convidamos o Dr. Fidel Meira, neurologista e médico cooperado da Unimed-BH, que explica essa condição com maiores detalhes. Assista:
Como evitar um AVC? 5 dicas de prevenção
O Dia Mundial do AVC é comemorado no dia 29 de outubro e tem o propósito de conscientizar a população sobre as causas e a importância da prevenção contra o problema.
Uma das maneiras mais eficazes de prevenir o problema é mudar alguns hábitos saudáveis de vida. Incluir na sua rotina exercícios físicos regulares e uma boa alimentação são alguns exemplos. Entenda o porquê:
1. Evitar o sedentarismo
A prática de atividades físicas ajuda não só a reduzir as chances de ter um AVC, mas também várias outras doenças e problemas de saúde. Não por acaso, essa é uma das principais recomendações médicas.
2. Adotar uma alimentação balanceada
Manter uma alimentação saudável ajuda na manutenção da qualidade de vida e do bem-estar. Isso não significa, necessariamente, fazer uma dieta, mas, sim, fazer um cardápio equilibrado que supra as suas necessidades nutricionais. A dica é passar longe dos alimentos ultraprocessados e gordurosos.
3. Controlar o colesterol
O colesterol alto é um dos fatores de risco para o AVC. Portanto, controlar os níveis de colesterol é uma forma de prevenir o problema. Para isso, consulte-se com o médico periodicamente.
4. Evitar o tabagismo
O tabagismo também é um dos causadores do derrame cerebral, um hábito considerado inimigo número 1 da saúde. Se você é fumante e deseja reduzir suas chances de desenvolver o problema, confira aqui 8 dicas para parar de fumar.
5. Reduzir o consumo de bebidas alcoólicas
O alcoolismo é um problema que afeta cerca de 10% da população brasileira. Beber em excesso causa uma série de malefícios à saúde, inclusive, as chances de ter um AVC.
Quais são os principais sintomas do AVC?
Agora que você conhece as causas do AVC e as principais formas de prevenção, é importante se atentar aos sintomas característicos apresentados por uma pessoa que está enfrentando o problema.
Nem todos eles precisam estar presentes e alguns podem ser mais evidentes do que outros. Sendo assim, alguns grupos desenvolveram formas para que pessoas que não têm formação na área da saúde possam identificar um derrame, seja nela mesma, seja em outra pessoa.
Quanto mais rápido se identifica o possível AVC e se procura por socorro, maior é a chance de a pessoa não ter sequelas. No Brasil, as sociedades médicas recomendam usar a Escala de Cincinnati.
Você deve solicitar que a pessoa faça as três ações, obrigatoriamente: dar um sorriso, levantar os braços e mantê-los elevados por alguns segundos e repetir uma frase. Se a pessoa não conseguir realizar isso ou se tiver dificuldades para efetuar qualquer dessas ações, o risco de estar tendo um derrame cerebral é alto.
Nesse caso, você precisa encaminhá-la a um atendimento de pronto-socorro urgentemente! Isso pode ser feito, por exemplo, contatando uma ambulância – no caso dos clientes Unimed-BH, pelo 0800 030 30 03 – ou até mesmo você levando a pessoa.
O importante é chegar rapidamente ao atendimento médico, de forma segura, para que o tratamento ocorra de imediato. Isso reduz o risco de sequelas.
Como é realizado o diagnóstico?
Para diminuir o grau de incapacidade e sequelas, o diagnóstico deve ser feito de imediato. Isso permite que o tratamento adequado seja iniciado o mais breve possível.
Além da avaliação clínica, o médico costuma solicitar a realização de exames de imagem, como a tomografia computadorizada do crânio, para analisar o tipo de AVC e a área afetada do cérebro. Essas características vão ajudar a direcionar o melhor tratamento e também podem ajudar a avaliar o tamanho da lesão cerebral futura.
Cuidados e sequelas pós Acidente Vascular Cerebral
Apesar da existência de tratamentos que evitam sequelas, as condições podem não ser adequadas, e alguns pacientes acabam por ter alguma. Elas variam entre sequelas leves a potencialmente graves. A família deve estar preparada para os cuidados que uma pessoa necessita depois de sofrer um AVC.
Por isso, é tão importante buscar informações sobre o assunto. Isso contribui para que a adaptação à nova rotina ocorra de maneira gradual. É preciso, por exemplo, promover um ambiente favorável à recuperação e estimular o paciente a ter independência em suas atividades de rotina.
A Unimed-BH preparou um material completo com orientações e cuidados do paciente pós-AVC. O conteúdo traz dicas valiosas e ilustrações didáticas sobre todos os aspectos da adaptação e da recuperação.
Você vai entender, por exemplo, como adaptar o ambiente familiar para receber uma pessoa que sofreu um derrame, como posicioná-la corretamente e estimulá-la nas atividades do dia a dia, cuidados na hora do banho e na alimentação, como prevenir lesões na pele e administrar medicamentos, entre outras situações.
Acesse e informe-se: Guia prático do paciente pós AVC
O uso racional de medicamentos
Medicamentos são necessários para a eficácia de diversos tratamentos e, como citamos no tópico anterior, podem ser indicados para pacientes que sofreram um Acidente Vascular Cerebral.
Um detalhe importante, no entanto, é tomar uma série de cuidados ao fazer a administração de medicações. A utilização indiscriminada pode trazer muitos riscos à saúde, e sempre lembrando que a automedicação é contraindicada por especialistas.
Além de seguir as orientações médicas, existem outros pontos importantes a ficar atento, como o armazenamento adequado e outros detalhes que devem ser observados.
Para ajudar você a entender esse processo e fazer o uso de medicamentos de forma segura, o portal Viver Bem preparou um material especia, repleto de dicas e orientações que serão muito úteis no seu cotidiano.
Acesse agora: Cuidado com o uso de medicamentos
Prevenção e qualidade de vida
Como citamos anteriormente, algumas das causas do AVC são tabagismo, sedentarismo, obesidade e colesterol alto. Manter hábitos saudáveis é fundamental para evitar os derrames cerebrais, como também para prevenir diversas outras doenças.
O portal Viver Bem compartilha inúmeros conteúdos voltados ao bem-estar, trazendo dicas para uma alimentação saudável, atividades físicas e orientações para a prevenção de diversas condições.
Confira alguns dos nossos artigos relacionados:
- Dia Nacional da Saúde: dicas para ter uma vida mais saudável
- O que é obesidade: causas, tratamento, prevenção, fatores de risco
- Alcoolismo: o que é e recomendações de tratamento